Querido diário,

A duas semanas de acabar o curso de Ciências da Comunicação na NOVA FCSH, penso em todos os momentos que já vivi aqui. Tenho um monte de histórias, umas traumatizantes outras não, umas felizes, outras não e umas bem loucas (mas não vamos falar sobre isso aqui). De qualquer das formas acho que faz sentido voltar atrás e pensar em como tudo começou:

Ainda me lembro da ansiedade e do medo que senti na tentativa de escolher a melhor vertente. Comunicação Estratégica, Cinema e Televisão, Novos Media, Jornalismo, Comunicação, Cultura e Artes; por onde escolher? Acho mesmo que se existisse um quiz que de alguma forma nos ajudasse a escolher a melhor opção, seria mais fácil. Olha, e porque não criar um? Vou fazer aqui um esboço: depois se ficar bom mando para os meus amigos!

Como não tinha este quiz disponível fui fazendo cadeiras de várias áreas para além das obrigatórias. Dessas, a mais difícil foi Sociologia da Comunicação. Uma cadeira com muita teoria e textos, recomendo mesmo ir às aulas e tirar muitos apontamentos. A concentração também era muito necessária, as sebentas sozinhas não fazem milagres… Para além disso, Semiótica pode ser complicado. Ao menos, com o trabalho torna-se tudo mais fácil, a aplicação da Semiótica ao quotidiano faz mais sentido do que a teoria sozinha!

Apesar disso, há cadeiras obrigatórias que valem a pena! Comunicação e Ciências Sociais abriu-me os horizontes e pôs em prática as minhas capacidades de debate. Foi naquele auditório que se deram as discussões mais intensas e se falou de tudo (mesmo tudo). Economia foi diferente de todas as outras, uma cadeira mais prática que me deu conhecimentos que aplico no meu dia-a-dia.

Acabando o primeiro ano, tentei fazer uma Unidade Curricular de cada vertente. Primeiro passei por História do Cinema. Esta valorizava muito a participação e o ensaio final permitiu-me compreender toda a matéria. Depois fui fazer Publicidade, aprendi todos as etapas que compõem uma campanha desde que não me atrasasse. Chegar atrasada a Publicidade era como se não tivesse ido. Em jornalismo, tentei Laboratório de Notícia e Entrevista, na qual aprendi sobre todos os géneros de jornalismo escrito. Nessa aula, ainda me foi possível testar as minhas capacidades em cada género. Para Comunicação, Cultura e Artes tentei a Unidade Curricular de Práticas de Comunicação e Arte. Cada módulo era bastante diferente, por exemplo, começamos por aprender sobre música. Fiquei surpreendida porque tive que me habituar a aulas muito movimentadas a nível físico.

Finalmente, depois de vários testes escolhi Criação em Novos Media. Aconteceu depois de ter feito Design da Interação e Laboratório de Novas Tecnologias do Áudio. Ambas as Unidades Curriculares eram bastante práticas e pudemos aprender a mexer com os seus Softwares específicos. Por exemplo, em Laboratório todas as aulas aprendíamos no programa de edição de som e em Design de Interação aprendemos tudo o que é importante na acessibilidade e desenho de um site.

Ainda assim, no meio de tanto trabalho, quis envolver-me em atividades da faculdade. Foi outro drama escolher a ideal para mim. Fui saber sobre como eram os processos das que existiam. Em Ciências da Comunicação, temos o Núcleo (o NECCOM), que tem o seu processo de inscrição logo no início do ano. Tive apenas um mês para decidir se me candidatava a uma das várias equipas que o NECCOM tem. Também encontrei a Tuna da nossa Faculdade, que é uma Tuna mista. Fui à primeira reunião, onde percebi que cada membro tem o seu próprio instrumento, aprofundando o seu conhecimento sobre o mesmo. Para além disso, todos têm que cantar e reúnem-se normalmente duas vezes por semana. Por fim, a Associação dos Estudantes funciona por eleição de lista através de uma recolha de membros. Uma vez lá dentro, os participantes vão-se reunindo para organizar eventos e comunicar com a faculdade.

Na realidade, para depois escolher precisei de uma lista de prós e contras para cada opção. Foi muito útil, mas a minha escolha final se calhar não foi muito convencional…

Pronto, tomei a minha decisão, até porque há coisas que os núcleos não podem ensinar, só mesmo a experiência. Um exemplo disto, é a nossa cantina, só depois de muitos pratos é que se aprende as verdadeiras dinâmicas. O prato custa 2,89€ apesar de existir outra cantina em que o prato é mais caro, mas existem mais opções de menu. Contudo, não nos podemos deixar enganar pelo preço, a panela das duas cantinas é a mesma.

Outra coisa, que a experiência ensina são as dificuldades para encontrar um canto para estudar. Em épocas de frequências e trabalhos, todos os espaços dedicados ao estudo encontram-se cheios, forçando-nos a ir estudar para o bar. A única exceção era quando chegava aos sítios cedo e me mantinha por lá o dia todo.

Para além disso, a nossa faculdade divide-se em dois Campus: Berna e Campolide. Mas na realidade, Berna serve para estudar e Campolide é melhor para festas. Foi neste campus onde se realizou o melhor Churrasco organizado pela faculdade, mas isto é só a minha opinião, nem todos os meus amigos concordam. De qualquer das formas o churrasco acontece uma vez por semestre e infelizmente, é quase sempre em Berna.

Para que fique sempre registado, aqui estão as histórias mais emblemáticas nestes espaços:

A esplanada é um sítio tão especial que merece um destaque. É por isso que dizem que a nossa esplanada é a única com faculdade. A realidade é que qualquer estudante da FCSH passa uma boa porção do seu tempo, a apanhar sol e a jogar as cartas naquele espaço. Pela sua localização à entrada da faculdade, é um grande obstáculo para ir às aulas, apesar de estar próxima de qualquer edifício. Já eu tenho o hábito de tirar fotografias às minhas amigas neste sítio todos os anos, deixo a comparação do primeiro para o terceiro ano.

Despeço-me destes anos com boas memórias mas, com vontade de viver coisas novas!

Atenção: o conteúdo presente é fictício, tendo por base as experiências das criadoras deste site.

Paulo Nuno Vicente

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