Met Gala: Moda, Arte e Cultura

Met Gala – ou Costume Institute Gala – é um dos eventos mais marcantes e icónicos da moda e da cultura pop, realizado anualmente no Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque, tradicionalmente na primeira segunda-feira de maio. Esta calendarização foi estabelecida por Anna Wintour – editora-chefe da Vogue norte-americana e coordenadora do Met Gala – de forma a criar um marco fixo na agenda internacional de eventos da moda, consolidando assim o Met Gala como uma celebração anual. Mais do que um simples desfile, o evento marca a abertura da exposição de moda da primavera e reúne algumas das personalidades mais influentes e importantes da atualidade, incluindo Rihanna, Lady Gaga, Nicki Minaj e Kim Kardashian, que utilizam o tapete vermelho como uma plataforma de expressão artística e cultural.

Com temas ousados que variam entre CampHeavenly BodiesSuperheroes, entre outros, o Met Gala explora questões contemporâneas e desafia os participantes a expressarem ideias de identidade, inclusão e criatividade. Este projeto, “Met Gala: Moda, Arte e Cultura”, oferece uma experiência interativa que permite ao utilizador explorar a história do evento, os seus temas e os looks marcantes que influenciaram a cultura pop. Através de uma interface intuitiva e visualmente atraente, o utilizador será guiado por um percurso que destaca a forma como o Met Gala vai além da moda, tornando-se num evento cultural de impacto global.

Nicky Minaj no Met Gala de 2018 e 2024, Fontes: EMCEE e Vogue

HISTÓRIA

O evento teve início em 1948, como um simples jantar de beneficência organizado por Eleanor Lambert, uma influente publicitária no mundo da moda. Na época, o objetivo era angariar fundos para o recém-criado Costume Institute do Met. Nas décadas seguintes, especialmente com a chegada de Diana Vreeland como consultora no ano de 1971, o Met Gala evoluiu para um evento teatral e temático, celebrando designers e explorando a história da moda. 

Desde 1995, sob a direção de Anna Wintour, o evento tornou-se um espetáculo cultural de grande escala, com passadeira vermelha e convidados cuidadosamente selecionados, enquanto se consolidava como um dos maiores eventos de angariação de fundos para o museu. Os temas anuais, refletidos nos looks dos convidados, exploram as interseções entre moda, arte, cultura e história.

LOOKS

Os looks da passadeira vermelha são uma verdadeira celebração da criatividade e inovação, com participações que ficaram para a história. Em 1974, Cher brilhou com um vestido transparente cheio de cristais e penas, desenhado por Bob Mackie, que se tornou um dos looks mais icónicos da história do evento. Em 1996, a Princesa Diana deslumbrou com um slip dress de seda azul-petróleo com renda preta, assinado por John Galliano para a Dior, na sua estreia como diretor criativo da marca, consolidando-a como um verdadeiro ícone.

Mais recentemente, a partir de 2000, Rihanna destacou-se em 2015 com o vestido amarelo de Guo Pei, cuja cauda monumental se tornou um símbolo cultural, e em 2018, ao encarnar uma “papisa” num vestido bordado com uma coroa de pérolas. Sarah Jessica Parker colaborou com Alexander McQueen em 2006 e, em 2015, surpreendeu com um adereço teatral na cabeça. Katy Perry, sempre arrojada, surgiu como um candelabro iluminado em 2019 e, em 2022, explorou o classicismo americano com um vestido vintage. Outras figuras, como Jared Leto, Kendall Jenner e Gigi Hadid, também marcaram presença com visuais dramáticos e conceituais que refletiam o espírito dos temas anuais.

ORGANIZAÇÃO

A exclusividade do evento é reforçada pela precisão de Anna Wintour, que supervisiona a lista de convidados, composta por celebridades, designers e outras figuras de grande relevância. O custo elevado dos convites, que pode chegar a 50.000 dólares, e regras rigorosas, como a proibição de telemóveis, garantem a preservação da atmosfera intimista e sofisticada. A passadeira vermelha é coreografada para criar momentos impactantes e memoráveis, não só para os convidados, mas também para o público geral.

Mais do que um evento de moda, o Met Gala transformou-se numa plataforma cultural que fomenta discussões sobre identidade, inclusão e sustentabilidade. Anualmente, angaria milhões de dólares para o The Costume Institute, destacando-se como uma das maiores iniciativas altruístas no universo da moda. Combinando criatividade, espetáculo e propósito, o Met Gala transcende barreiras, reafirmando o seu papel como um símbolo de inovação e expressão cultural.

IMPACTO

Sendo este um dos maiores eventos de moda do mundo, naturalmente tem uma enorme repercussão nas redes sociais, na sociedade e na cultura. Plataformas como Instagram, TikTok, YouTube, Spotify, X (antigo Twitter) e Pinterest tornam-se palco para a partilha de conteúdos variados, desde análises detalhadas de looks a debates e recriações criativas. Cada rede social desempenha um papel único na forma como o evento é experienciado e partilhado globalmente.

No Instagram, o foco está no impacto visual e na interatividade, com reels e publicações que capturam os momentos mais icónicos da noite. No YouTube, a cobertura vai além do imediato, com transmissões ao vivo. No TikTok, a criatividade é abundante, com recriações e desafios temáticos. No Spotify, o evento também é abordado de forma sonora, com playlists ou podcasts, que analisam temas ligados ao Met Gala.  No X, os debates em tempo real e o humor ganham destaque. No Pinterest, a inspiração estética do evento é explorada em coleções visuais.

Na sociedade, o Met Gala populariza a moda como forma de arte, inspira a ousadia no estilo pessoal e expande a experiência através da cobertura online, apesar de ser um evento de elite. Também levanta discussões sobre diversidade, inclusão e padrões de poder e beleza.

Culturalmente, o evento define tendências que influenciam outras indústrias criativas, como cinema e música, além de alimentar a cultura digital com memes e referências duradouras. Mais que um desfile de moda, o Met Gala conecta o mundo da moda sofisticada com as celebridades que transmitem entretenimento no dia a dia, servindo então como plataforma de inovação e reflexão social.

OPINIÕES

Decidimos entrevistar algumas pessoas para perceber o que pensam sobre o Met Gala e tudo o que lhe rodeia e envolve. Quisemos saber se o evento é visto como algo realmente importante ou só mais um grande espetáculo, e também ouvir ideias e opiniões sobre os looks e temas mais marcantes.

Assim sendo, os entrevistados deram respostas muito originais e até mesmo engraçadas. Falaram sobre o impacto do Met Gala, sugeriram temas originais como “Capas de Álbuns” e partilharam o que fariam se fossem convidados – desde contratar equipas completas de beleza até juntar amigos para decidir o look numa noite divertida. Também houve quem realçasse o facto de haver gente que não segue os temas ou simplesmente não se esforça, o que gerou uma conversa animada.

No fundo, esta entrevista mostrou que, mesmo sendo um evento de elite, o Met Gala inspira e fascina quem o acompanha. Afinal, vai muito além de uma passadeira vermelha – é uma explosão de criatividade que desperta o lado artístico no público.

Elaborado por Carolina Rodrigues e Margarida Filipe

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